digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, janeiro 16, 2015

GPS

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Não tenho saudades dos anos sessenta e dos setenta quero a avó e a mãe. Os oitentas foram e bastam-me, escusam de mos lembrar. Os noventa vincaram até à cicatriz, da ferida que lhe sucedeu – uma guerra termonuclear, pelos escombros doutro mundo perdido, querendo perder-me e achar-me. Cheguei aos quarenta e – agora sim – tenho a certeza que não sei o que faço aqui.

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