digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, dezembro 19, 2014

Frutas

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Apetito-te! Esse apetite de não-comida.
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Sob os lençóis as raízes do prazer, da flor da pele à fruta dos lábios, a copa de cabelos e um tronco e braços de trepadeira.
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Quendera fosse a árvore proibida, para ter por certa a maçã para dividirmos.
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Quendera fosse a árvore permitida, para ter por certos os maracujás.
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A árvore da incerteza,
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Quando estás doce sei que és salgada.
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Sede que me sacias.
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Apetito-te! Agora, ontem e amanhã.

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