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Disse-me:
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– Dá-me o vinho.
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Dei-lhe. Com as duas mãos segurou o jarro e com a boca
sorriu.
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Não agradeceu. Como se o vinho lhe fosse devido por direito,
não por ser rei, por ser homem.
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Percebendo, não lho pedi por favor, e com as mesmas mãos,
segurando uma vida, me passou o jarro.
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Não agradeci, porque a franqueza não se agradece.
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Não gosto do neo-realismo!
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