digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 15, 2014

O que é ou não é provável?

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Disse-me:
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– Dá-me o vinho.
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Dei-lhe. Com as duas mãos segurou o jarro e com a boca sorriu.
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Não agradeceu. Como se o vinho lhe fosse devido por direito, não por ser rei, por ser homem.
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Percebendo, não lho pedi por favor, e com as mesmas mãos, segurando uma vida, me passou o jarro.
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Não agradeci, porque a franqueza não se agradece.
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Não gosto do neo-realismo!

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