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O prazer das coisas simples: sair da chuva e entrar em casa
e mergulhar na banheira com água tépida. Apanhar conquilhas para o arroz. Beber
uma Água das Pedras numa sede de alucinação. O abraço da criança que nos ama e
amamos. O abraço da mãe e o beijo do pai. Brincar com Legos, preguiçar, sair
para correr, fazer festas ao cão e ao gato. Piquenicar no Verão. No Inverno a lareira ou repousar quentinho
e embrulhado em mantas, com os olhos a fecharem-se, a ver uma comédia romântica
na televisão.
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O que é exactamente a felicidade e a alegria? É a diferença
entre ser e estar. E contente é a ponte entre as duas.
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Estava triste e alegrei-me. Porquê? Pela boa disposição dum
vinho – descomplicado, leve e jovem. Um vinho que entrou circulou por mim, como
remédio homeopático.
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Em espumante elaborado em método contínuo (charmat)... importa? Talvez
importe... não quero saber disso.
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Sim, a borbulhagem viva e em movimento perpétuo. A
delicadeza da fruta e das flores. Quais? Não quero saber, nem procurei e muito
menos pensei em dizer. Senti pelos olhos, estômago, cérebro, coração e alma – o arrepio quente dum fantasma amigo.
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Definir um vinho pelos parâmetros de avaliação é tantas
vezes aborrecido como dizer que o João está gordo, tem o cabelo preto a
esbranquiçar-se, também na barba, e a encarecar-se, olhos castanhos, que variam entre o escuro, o
mel e até verde-azeitona.
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Castelão e syrah, 12,7 graus de álcool. Explicar o quê?
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Nota: Tenho crónicas vínicas atrasadas, mas não
consegui resistir a este. Costumo juntar numa mesma crónica lançamentos ou
vinhos irmãos. Este... Parabéns Domingos Soares Franco e à tua equipa. Ganhei o
dia.
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