digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, setembro 13, 2014

Lancers Espumante Bruto Rosé

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O prazer das coisas simples: sair da chuva e entrar em casa e mergulhar na banheira com água tépida. Apanhar conquilhas para o arroz. Beber uma Água das Pedras numa sede de alucinação. O abraço da criança que nos ama e amamos. O abraço da mãe e o beijo do pai. Brincar com Legos, preguiçar, sair para correr, fazer festas ao cão e ao gato. Piquenicar no Verão. No Inverno a lareira ou repousar quentinho e embrulhado em mantas, com os olhos a fecharem-se, a ver uma comédia romântica na televisão.
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O que é exactamente a felicidade e a alegria? É a diferença entre ser e estar. E contente é a ponte entre as duas.
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Estava triste e alegrei-me. Porquê? Pela boa disposição dum vinho – descomplicado, leve e jovem. Um vinho que entrou circulou por mim, como remédio homeopático.
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Em espumante elaborado em método contínuo (charmat)... importa? Talvez importe... não quero saber disso.
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Sim, a borbulhagem viva e em movimento perpétuo. A delicadeza da fruta e das flores. Quais? Não quero saber, nem procurei e muito menos pensei em dizer. Senti pelos olhos, estômago, cérebro, coração e alma – o arrepio quente dum fantasma amigo.
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Definir um vinho pelos parâmetros de avaliação é tantas vezes aborrecido como dizer que o João está gordo, tem o cabelo preto a esbranquiçar-se, também na barba, e a encarecar-se, olhos castanhos, que variam entre o escuro, o mel e até verde-azeitona.
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Castelão e syrah, 12,7 graus de álcool. Explicar o quê?
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Nota: Tenho crónicas vínicas atrasadas, mas não consegui resistir a este. Costumo juntar numa mesma crónica lançamentos ou vinhos irmãos. Este... Parabéns Domingos Soares Franco e à tua equipa. Ganhei o dia.

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