digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, julho 11, 2014

Terramoto-te, maremoto-te, incendeio-te de prazeres

Deixa-me falar dentro de ti. Deixa-me abraçar-te e nos unamos compactos como terramoto.  Deixa-me levantar maremoto e te afogue num prazer de sal e espuma. Deixa-me ser fogo e te incendeie.
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Serei primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco.
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Serás Lisboa, sempre bela e cheia de luz.
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Serei telúrico e te farei exausta.
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Serás Lisboa cansada em ais de prazer.
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Deixa-me falar-te ao ouvido, ao coração, à carne e à alma.
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Dá-te que te darei.

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