Deixa-me falar dentro de ti. Deixa-me abraçar-te e nos unamos
compactos como terramoto. Deixa-me
levantar maremoto e te afogue num prazer de sal e espuma. Deixa-me ser fogo e
te incendeie.
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Serei primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e
cinco.
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Serás Lisboa, sempre bela e cheia de luz.
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Serei telúrico e te farei exausta.
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Serás Lisboa cansada em ais de prazer.
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Deixa-me falar-te ao ouvido, ao coração, à carne e à alma.
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Dá-te que te darei.
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