digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 21, 2014

Tempo

Oiço o pêndulo do relógio antigo. Diz-me cedo ou tarde. Tardas. Quando vens, vens descrente e eu carente sou crente de que te tocarei a pele mais fina e a pele mais molhada.
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A minha será a primeira boca. Se acreditares, será a tua primeira com a minha. Tremo das mãos pela longa espera.
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A noite é longa e o dia é quente. Quantas horas irão passar desde que te converto em Vénus?
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Articulo quente uma prece profana, com que espero encantar-te.
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Sabes magias e a tua boca murmura bruxedos.
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Esforço-me para sobreviver aos beijos, para que te possa levantar e voarmos.
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Contigo cair, beijar e reerguer. Subir e cair até cair a noite, até subir a manhã.

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