digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, julho 23, 2014

Guiné Equatorial, wineshop, bookshop... estado de choque!... Estão a morder a cena? – Comunidade de Países de Língua Petrolesa

Comunidade de Países de Língua Petrolesa


A Guiné Equatorial entrou hoje para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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O primeiro documento, que se conhece, em língua portuguesa é um registo de fiadores num negócio e data de 1175.
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No entanto, oficialmente o documento que é usado como o primeiro marco palpável da língua data de 1214. Trata-se do testamento de DomAfonso Henriques.
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Diz um português: Na Guiné Equatorial não se fala português.
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Diz um galego: Galego: En Guinea Ecuatorial non se fala portugués.
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Oitocentos anos depois a língua portuguesa conheceu o seu momento Dadaísta.
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A entrada da Guiné Equatorial para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa mereceu comentário unânime dos reis ibéricos.
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Afonso II de Portugal exclamou: Na Guiné Equatorial não se fala português.
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Sancho VII de Navarra exclamou: Ekuatore Ginea ez du portugesez mintzatzen.
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Jaime I de Aragão exclamou: Guinea Equatorial no parla portuguès.
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Afonso VIII de Castela exclamou: Guinea Ecuatorial no habla portugués.
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Afonso IX de Leão exclamou: Guinea Ecuatorial nun fala portugués.
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O rei Muskar XV da Sildávia apresentou a candidatura do seu país como Estado de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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O rei Laudislau III de Bretzelburgo apresentou a candidatura do seu país como Estado com estatuto de observador na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
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Estranham muito a entrada da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa? Então leiam lá o pedacinho de prosa que me chegou às mãos. Trata-se dum comunicado à imprensa duma loja chamada Melt e que fica em Lisboa. Cito:
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– «A primeira loja Melt na Av. Visconde Valmor n.º 40A, em Lisboa, abriu portas este mês, num espaço pensado para o dia-a-dia dos seus clientes, que resulta da fusão de quatro diferentes áreas de negócio: cafetaria/bistro, mercearia, wineshop e bookshop».
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Pois, foi demais para mim e não resisti... tive mesmo de lhes responder:
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– Sei que a língua portuguesa é difícil, que o vocabulário é muito curto e que nem sequer é muito óbvio. Vi que utilizam o vocábulo wineshop. Ora, existe um termo em português, provavelmente não sabem, até porque é complicado: garrafeira. Não é de facto óbvio, porque o vinho nem é vendido normalmente em garrafas.A outra é ainda mais difícil e é bookshop. Ora, existe um termo em português, provavelmente não sabem, porque não se usa no dia-a-dia e porque a raiz da palavra não é nada óbvia. Pois, há e é «livraria», que nem se parece nada com a palavra livro.
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E antes de ir... o português de Catarina Marcelino, deputada do Partido Socialista. Depois de tanto bruá, a senhora deputada veio dizer que sofria de dislexia. Ficamos a saber que existe um vocábulo que sintetiza a ideia de «deficiente aprendizagem da língua portuguesa, nomeadamente no primeiro ano do ensino básico».
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Deixem lá em paz o senhor Teodoro Obiang (Nguema Mbasogo) e não façam ironia por ter usado tradução simultânea durante os trabalhos da cimeira Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
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Consta que canibaliza (literalmente) alguns oponentes... depois queixem-se, este é pior que o futebolista uruguaio Luis Suárez... NHACK!


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