digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 24, 2014

O decote

Pára de olhar para mim dessa forma, porque só penso nisso.
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Não oiço o que dizes, tenho os olhos presos.
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Intuí uma pergunta...
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– Hum, hum...
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Espero que não voltes a falar-me no assunto, pois não sei que.
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Ai!
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Pede que farei. Neste momento...
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– Sim, sim...
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Estão agarrados, os olhos...
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– Ah! Não, não...
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Que diz ela?
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– Hã?! Claro que te estava a ouvir.
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Vou pensar em História das Civilizações Pré-Clássicas... não! Nessa tive dez...
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Vou pensar em Epigrafia!... A memória da matéria e das aulas às oito horas da manhã de sábado é infalível.
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Ufa!

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