digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, julho 09, 2014

A estupidez

Nascemos do suor do prazer despido, nu. Chamamos amor ao sexo. Nascemos com a nossa mãe escancarada.
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Toleramos o ódio... religioso, social, rácico, étnico... em nome da superioridade moral da democracia. Matamos em nome da paz e da democracia, normalmente dos subgéneros de diferentes recursos naturais ou estratégicos. Deixamos que povos fanáticos nos insultem pela nossa liberdade e crítica.
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E desse medo de chocar herdeiros das vergonhas pudendas de há séculos – que nos fazem sorrir – abdicamos da liberdade da afirmação e do pensamento.
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Não é humildade cristã, não é consciência democrática, não é liberdade religiosa – pois aceitamos os lenços obrigatórios às muçulmanas e toleramos quem as condena às burcas... e em nome do respeito cultural até desculpamos a mutilação genital feminina.
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A Europa dos valores democráticos, civis, humanistas, cristãos...
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Pornográfica é a atitude de quem mandou remover a obra de Leena McCall, «Retrato da senhora Ruby May, em pé», da exposição anual da Society of Women Artists, patente na Mall Galleries. No centésimo quinquagésimo terceiro ano de realização.
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Que Europa é esta?
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Nota: Quem perceber inglês pode ler a notícia do TheGuardian neste linque.

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