Uma bola de chumbo bate na couraça de ferro. Quem cede? Quanto
mede, quanto pesa. Números que não sei contar e sei dizer que não sei...
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O peso que isso tem, pois escrevo e pois pergunto. O chumbo
derruba ou leva e o sangue férreo esgota-se ou comprime-se. De barro nos
fizeram, de barro férreo.
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Onde... ao mesmo sítio. Onde levam os dias de chumbo?
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Por que vêm é como porque vão. Os dias de chumbo têm qualquer
cor e são dia ou noite.
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Não respeitam quereres. Não pesam nos olhos, os dias de
chumbo – acordam o coração.
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Pesam no corpo que sucumbe a uma força gê invisível e
espiritual.
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Onde... do anjo ou da Terra Negra onde o Diabo não está. Onde
o Diabo não passa. Onde o Diabo não é, porque o Diabo não é. Ainda assim, anjo
ou Terra escura?
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Com barro nos fizeram com ferro nos fizemos com chumbo nos
matamos.
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Há que ter medo ou sorrir. Diferente do tempo, se é de ir ou
ficar.
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