digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, junho 17, 2014

Idade do ferro - 2/3

Desceremos um dia, seja por cordas, escadas ou salto. Da varanda da minha vida avisto a terra prometida e penso:
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– O silêncio e das lâmpadas.
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De facto, ali não está ninguém. Mau será se ainda estiver. Oro para que não esteja.
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Já me bastam todos os dias de lama, que quando à lama descer já estarei levitando.
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Se fosse já iria de noite mas tranquilo.
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Se for quando... não sei que cansaço.
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Não só meu.
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Desde já peço desculpa a quem devo.
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Tanto por ir como por ficar.
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A terra prometida é já além e a luz dos candeeiros é pesada e triste como ferro.
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Silêncio.

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