digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, outubro 11, 2013

Fora de margens

Cair numa enxurrada, se morrer num afogamento justo, será merecido.
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Mereço a água, que tudo lava.
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Que a minha vida suja de tristeza fique lavada.
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Que de mim se guarde alguém que viveu a respirar e respirou desenhando, mas que mais não fez do que escrever.
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Se mereço morrer? Como todos! Tantos (todos) mais estúpidos e mais inteligentes, mais ingénuos e mais filhos-de-puta morreram... por que haveria eu de ser falhado ao ponto de ter de cá ficar?!

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