digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 02, 2013

Claridade

























Tenho a tensão ao pé da boca. Cordel de raiva que prende a dentadura e o berro.
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Morder em alguém ou praguejar...
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O que quero é ajoelhar-me antes de cair.
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Chorar como um menino órfão e pedir a Deus que me ponha noutro lugar.
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Há demasiado ar à minha volta e solidão diante.
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Não sei se tenho inimigos, o que é patético... não saber ou não ter.
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Que venha uma luta e que ganhe perdendo. Perdendo a vida e ganhando a morte.
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Que venha a paz e a distância e só com o colo da mãe.
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Quero ir antes de todos, para que os possa receber com saudades.
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Morre-se bem à chuva, quando não se pode num dia de Sol.

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