Segura-me enquanto te caio em amores. Seguro-te, pra que
caias comigo. Caindo caímos na cama. Caindo levantamo-nos, prontos pra cair uma
e mais vezes.
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A tua pele morna é macia e o cetim que vestes, sem mais
nada, avoa livre, e eu enlouquecido não tiro os olhos donde queria ter as mãos.
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Nem deitada nem caída, pousada pronta a ser tomada, erguida
por beijos; caída de calores.
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Cidade de janela, casa debruçada sobr’ ela. Vento do rio,
azul como o céu. Suados do amor, adormecemos. Sonhamos com o que poderíamos ter
feito.
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O amor por fazer será feito. Em sonhos apaixonados pelo
mesmo amor de sonho.
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