digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, agosto 05, 2013

D'amores caído

Segura-me enquanto te caio em amores. Seguro-te, pra que caias comigo. Caindo caímos na cama. Caindo levantamo-nos, prontos pra cair uma e mais vezes.
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A tua pele morna é macia e o cetim que vestes, sem mais nada, avoa livre, e eu enlouquecido não tiro os olhos donde queria ter as mãos.
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Nem deitada nem caída, pousada pronta a ser tomada, erguida por beijos; caída de calores.
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Cidade de janela, casa debruçada sobr’ ela. Vento do rio, azul como o céu. Suados do amor, adormecemos. Sonhamos com o que poderíamos ter feito.
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O amor por fazer será feito. Em sonhos apaixonados pelo mesmo amor de sonho.

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