digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, fevereiro 10, 2013

Três rosês com banda sonora

Olá, como se viu no texto anterior (no blogue do lado), não gostei muito da Essência do Vinho. Entre alguns  encontrões, ainda poucos porque eram 15h00 e picos, deu para provar três vinhos, todos rosados.
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Rosado, um critério como outro qualquer. Não tinha muito tempo, era impossível ir a todas as bancas… enfim, fui colher rosas e não me piquei. Três propostas para tragar com muito prazer. Três produtores que têm lugar habitual aqui no blogue: Adega de Borba, Casa de Cello e Sogrape.
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Estes vinhos não são comparáveis, podem facilmente completar-se num dia bem passado, quando o calor dilata os corpos e encolhe as roupas. Vinhos para convívio marcado para o fim de tarde e final nocturno… dançar na praia, com gente amiga… o mar a bater, os olhos a seduzirem… quero ter outra vez 17 anos.
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Encontro a partir das 18h30 em casa da Inês e do Paulo, com piscina e praia perto. Duche tomado depois da praia e uma vontade louca por água fresca e uma sensação palpitante na pele (devia ter posto mais protector solar). Saciada a sede e acolchoada a barriga, para que a naite (night) não seja aos tombos, momento para o primeiro vinho.
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Mateus Sparkling. Espumagem suave e elegante. Que coisa boa! Refrescante, sensual, com muita maçã (verde e golden smith) e pêra Williams. Que bem que vai com uns salgadinhos, um queijo de cabra para comer à guloso.
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Vegia Rosé 2011. A Casa de Cello não bota pra fora os vinhos logo a seguir ao seu (suposto) término. O vinho aguenta mais um ano. Ai aguenta, aguenta. Ai aguenta, aguenta. Este tem um absolutamente salivante aroma a framboesa, uma doçura de cair para o lado. Porém, na boca é seco. Muito seco. Dizem os amigos do Cello que vai bem com peixes gordos. Azar! Não como peixe… tenho a certeza que as febras na brasa até se lambem ao saberem que vão juntar-se na mesma refeição. Este é dos rosados que mais prazer me deu alguma vez beber.
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Adega de Borba 2012. Sensacional aroma a pastilha elástica de morango. Os miúdos, todos menores de idade, vão adorar… depois caem, mas hão-de se levantar. E os seus pais e amigos adultos? Vão passar a noite de copo na mão, a gulosarem-se com gelado e sorvetes, de melão, morango, groselha, limão...
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Já se sabe que a dada altura um arma-se em urso e vai beber cerveja. Mas como Deus castiga, não com paus nem com pedras, mas com sua divina sabedoria… o malandro terá ressaca no dia seguinte.
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Há sempre dois que acabam com Água das Pedras e os outros divertem-se com rosé até ser dia, sem sombra de ressaca.
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Depois há que acordar tarde, ir para a praia e… a festa repete-se.
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Mateus Sparkling
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Origem: X
Produtor: Sogrape
Nota: 5/10
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Vegia Rosé 2011
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Origem: Dão
Produtor: Casa de Cello
Nota: 7/10
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Adega de Borba Rosé 2012
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Origem: Alentejo
Produtor: Adega de Borba
Nota: 6,5/10

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