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Não te quero confrontado pelo medo, logo tu, herói de vida. Há
sonhos e pomares de laranjeiras. Olhos que viram tanto, têm vidas para contar. Há
alma e altura guardadas no repouso inquieto dos dias correntes; tudo ao mesmo
tempo, passando diante das vistas. Não chegam os abraços e é tanta a
generosidade, quanto as promessas e os sonhos em catadupa, as palavras
desenfreadas, verdadeiras na essência. Há coisas que te não posso dar, mas
posso dar-te um beijo na alma infantil e abraço ao teu abraço; enlace que tenta
unir o céu. Se até hoje não envelheceste, não poderá ser o medo que agora te
derrotará.
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Nota: Para o grande amigo Carlos Fagulha.
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