digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 17, 2012

Deixem-me o prazer

Cansado dos mesmos hinos. Farto das palavras repetidas. Não é para isso que se fazem revoluções. A revolução sempre é uma não revolução, mas cansa, porque chateia. Há quem tenha encravado nas datas, peço que me deixem viver sem a preocupação de ter de me preocupar. Quero a alienação da beleza e não a comoção do feio. Não será por este copo se não beber que deixa de haver fome no mundo. Não quero os muros da moral, nem de sacristia nem comunista. Quero que me deixem viver, alegre e pobre, com vida de rico.
.
.
.
Nota: Adoro esta música e José Afonso, estou é farto é dos sacerdotes da democracia e dos guardas do templo revolucionário. Não há paciência para quem ainda apela ao «esganar da burguesia».

Sem comentários: