digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, março 27, 2012

Não fazer falta

Levitando num charco profundo, com um peso nos pés, à beira do destino que o destino reservou. Mergulho de boca aberta, bêbado e imortal. Quendera não estar vivo. Nunca fazer perguntas para não saber respostas, nunca fazer afirmações sem questões. Fazer tudo como se fosse o primeiro, o dia e o beijo. Nunca desisto da queda, nem mesmo durante a queda. Ainda com a pouca sorte de cair onde o charco tem fundo e os pés não me afogam. Nem fantasma nem estátua. Ainda por cima levitando, nem voando nem morrendo.

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