Levitando num charco profundo, com um peso nos pés, à beira
do destino que o destino reservou. Mergulho de boca aberta, bêbado e imortal. Quendera
não estar vivo. Nunca fazer perguntas para não saber respostas, nunca fazer
afirmações sem questões. Fazer tudo como se fosse o primeiro, o dia e o beijo. Nunca
desisto da queda, nem mesmo durante a queda. Ainda com a pouca sorte de cair
onde o charco tem fundo e os pés não me afogam. Nem fantasma nem estátua. Ainda
por cima levitando, nem voando nem morrendo.
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