digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Maré


Há a maré cheia e a beleza da maré baixa. Uma é cheia e outra bela. Uma muita, gorda e abundante, plena. A baixa cria rios e entretenimentos. O abuso duma contrasta com a magreza larga de vista da outra, com o horizonte de areia, rios e nuances. Se bem que tudo possa ser trocado de lugar, a baixa morre no princípio da manhã e renasce ao Sol poente. Prefiro andar, desejoso, de mar a encher a cabeça de areia num mergulho ao primeiro passo.

1 comentário:

George Sand disse...

Muito bonito! Pronto! Assim, com todos os socalcos desmaiados de sol, na ausência da preia-mar.