Por que o sexo é bom? Para alguns porque dele nasce a vida…
mas e o orgasmo? Ah! É dele que nasce a bondade e um seu antónimo, a perversão.
É nele que cresce amor e um seu antónimo, a perversão. É nele que nasce o prazer e um seu antónimo, a dor. É o alerta de que a
missão reprodutora chegou ao fim… ou de que a pila já satisfez uma vontade
concegadora, escarafunchosa e impertinente… O sexo é um feitiço. E de feitiço surgiu fetiche, coisa perversa de cama.
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Sem química não há física, falo do instinto quase impossível
de definir que leva à cama. Mais do que apenas olhar, o cheiro, o comum e o que nota
as feromonas.
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Se o sexo é vida, o abandono do corpo e da mente leva à
sensação de morte… garanto, porque passei o túnel e a espiral e experimentei a
leveza e a alvura calma e inebriante… e experimentei orgasmos. O orgasmo é uma dor boa, onde o egoísmo
rima com o prazer egoísta de dar prazer.
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Por que o sexo confunde? Porque a sua bondade afirma amar,
mesmo quando tudo não passa de ilusão efémera, fruto do psicotrópico das endorfinas,
psicadélica e aliviadora.
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Por que o sexo é mau? Porque os prazeres egoístas lembram
um pecado, o judaico-cristão, ou só cristão, do prazer. Uma agonia irritante,
que estimula ainda mais o prazer, como se fosse contra-natura.
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Sim, depois há o amor. Coisa que não tem nada a ver, que
congratula, legitima, felicita, justifica…
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Por que o sexo engravida tantas palavras?
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Nota: A imagem é duma lucerna romana, datada entre o século I dC e o II dC.
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