digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, dezembro 03, 2011

Esta vontade danada



Este frio. Esta vontade danada de alguma coisa. Esta ansiedade. A desilusão de saber e a desilusão pelo meu abuso. Tenho a vida fora das gavetas e nenhum desejo de a ter arrumada. Na verdade, sobrevivo por isso. Os amores antigos teimam em inacabar. O amor presente é justo e bom, tem toda a ternura que a afeição verdadeira exige.
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Ainda não passeei na praia com este amor doce, terno e sólido. Este frio. Esta vontade de alguma coisa.
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Este amor justo é um abraço e olhos docíssimos. Sobreviverá às contradições das minhas dores. Viverá além dos meus desalentos teimosos, é cristal, é cachecol.
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Nunca consegui descarregar todos os passados. De menino até há momentos. Tudo me pesa em desgosto. Já a alegria se volatiliza pelo calor do pensamento.
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Nada poderá pesar ao amor novo, porque justo e bom. Porque o peso é todo do passado e as minhas mãos ivres só ternuram quem destes olhos doces da flor. Esta vontade danada de ainda maior.

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