digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, novembro 08, 2011

Eterna dúvida e sua certeza


















Olhos abertos no negrume, dentro do cilindro que conduz ao futuro, para ver que não há nada para ver.
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Um torcicolo irritante impossibilita o regresso aonde se foi feliz ou onde se perdeu a ilusão de o ter sido.
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À frente, um sacrifício, um abismo, um grifo, uma esfinge, um buraco…
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O salto, o eterno desejo. A vertigem. Na incerteza, ficar ou largar? A vontade na vertigem… acto consequente na vertigem da vontade.
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Valerá a pena viver desconhecendo o futuro? O futuro é invisível, desconhecimento imposto pelo tempo. Olhos abertos? Bem abertos, e continuar a não ver porra nenhuma.
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Pode estar uma besta à frente: dragão de sete cabeças. Pode estar o Paraíso: as tantas felicidades indescritíveis.
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Pode tudo e, na maioria das vezes, não está nada. Uma agonia e enjoo pela mediocridade da ausência e do vazio.
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O futuro é invisível, caminho escuro. Vale andar sem ver? Deduzir com base na ignorância.
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Vale a pena em toda a desesperança?
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A vida é uma grande merda!

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