A boca que te mordo. Os seios que beijo. O tronco que abraço. Sou serpente e tu árvore, numa floresta multicor, de cacofonia harmónica.
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Fazer amor contigo é a reinvenção da ternura, a descoberta adolescente. A frescura beijante no dia de calor. O suor amado.
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Os meus beijos penetram-te. Sou teu predador e tua presa. Não me sacio num só banquete e tu, tão vasta de querer, não me chegas.
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Rijo, entro-te. Rijo, com a língua entrelaçada na tua. Com os lábios encaixando-se em amor. As mãos em toda a parte. Eu em ti. Tu, anfitriã, minha senhora.
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As horas de vigília, as longas conversas. Um dia tudo será esta verdade, que te desejo em palavras. Por agora, contento-me com a boca, a que mordendo te deixa morder.
1 comentário:
Um dia...
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