digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Preia mar










As tuas mãos são vagas calmas que trazem caracóis de espuma e sal de beijo. Amar-te é o desejo maior.
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Estou abraçado pelos teus braços de algas, molhado pela tua água. Beijado no sal, deitado na areia, a pele escaldada e a cabeça, perdida, quente do Sol.
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À flor dos olhos existe a ternura que nos damos. À flor da alma estão as incertezas que tenho. Mas à flor da pele está o amor que fizemos.
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Quero-te, acima de tudo, amada. Quero essa doçura cândida, o tom de voz agudo e macio. A flor do teu olhar. A flor de sal.
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O amor contigo é tranquilo. A incerteza em mim é ácida. E tão certo de vontade. E tão certo de querer. E tão triste, por incerto.
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Por nada te quero perder. Não sei se tenho forças para que, querendo-te tanto, te queira mais.
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Sem ti não passo. Choro se te vir passar sem que esteja a teu lado.
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Que não sejas a maré baixa. Que sejas a preia mar. 

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