digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, julho 05, 2011

Negro, sem luz

















Além da morte. Mais profundo do que os palmos de terra. Anónimo, sem memória nem saudade. Não quero ver a luz clara, nem passar túnel, nem ter cruz na campa, nem campa, nem nada. Tampouco um subtil fumo a sair da chaminé e a misturar-se no ar. Anónimo como as pedras das construções em memória, mas sem memória para poder cravar um nome e datas. Não ficar em parte alguma, sem memória nem saudade. Negro, sem luz.

Sem comentários: