Árvore de quase toda a beleza e da sombra em que me deito. Casa, o berço do mundo. Só não a abraço por pudor. Guardiã do jardim, confidente e vigilante, a alegria e a amizade.
.
No Verão, a sombra. No Outono, a poesia. No Inverno, a nostalgia. Na Primavera, a esperança. Casa de tanto e tanta coisa. Generosidade silenciosa. Grandiosidade sem arrogância.
.
Fico horas à sua sombra a imaginar a casa onde viver, o jardim para a pôr... a árvore para me dar sombra.
.
A minha árvore existe algures. Um dia farei amor no seu colo. Reconfortar-me-ei com um fruto. E com o caroço, abandonado no calhar, espero um dia ter outra árvore, para lhe fazer companhia.
Sem comentários:
Enviar um comentário