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É bonito ver-te dormir, quieta de cansaço. Estás mais velha e eu careca e gordo. És a mesma, a menina da alma sempre livre, presa por amor translúcido.
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Já nos conhecemos há quantos anos? Há tempo suficiente para ainda termos sido muito jovens, a tempo de crises de choro, imponderações, raivas, incompreensões, intransigências…
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Ainda hoje gosto de te dar a mão no cinema. Na rua nunca deixaste, fizeste bem; é piroso. O amor não precisa dessa publicidade para se mostrar, nem precisa de se mostrar.
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O amor só é amor quando a sua perda é perda total. Mas tão grande que por nada se perde e tão sublime que vive, dentro doutro dia qualquer.
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