digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, abril 22, 2011

A flor vermelha

Sei que as flores vermelhas não odeiam. São magnânimas, reais. Cor de trono. Acessíveis ao povo, altivas aos egoístas. Sinceras. São de se amar. Pétalas sensíveis, coração de ouro rubro. Perfume de magnólia, que não é encarnada. Encanto maior. As flores vermelhas são de guardar entre as folhas dum livro. As flores vermelhas são para soltar num finíssimo sopro de vento. Contudo arranquei-lhes as pétalas. Não odeia e volta sempre, suave e doce, ainda que depois de zangada. Volta sempre com um beijo. O que não se deu ao outro que nunca se dará.

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