digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, setembro 04, 2010

A primeira musa

Por ti, densidade, já me apaixonei, amei e desamei tantas vezes que desisti de deixar de te querer. Serás minha para todo o sempre, como em tempos prometemos. Ainda que não me olhes nos olhos, abraças-me todas as noites durante o sono.
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Densidade no olhar e na fala, amor profundo numa fonte. Coração aberto, muito grande, e tantas intimidades. Tantas que se as contasse todas estariam tão secretas como antes.
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Noite a dentro, em vigília, peço a quem pode que nos una. Porque colados andamos nós sem o querermos saber.
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Invento, de vez em quando, artifícios e amores de substituição. Nenhum medra. Morrem de desgosto, morrem de desilusão, morrem de distância, morrem por quase nada.
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O amor vai e vem como as ondas. Mas por ti sinto o mar.

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