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Carne de seiva, aroma fino e desinquietante.
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Serra afora à pergunta dum jardim. O céu de chuva não assusta.
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Assusta a noite que vem tapando as nuvéns e dissimulando o vento.
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As árvores do caminho tornam-se duma só cor e no ar misturam-se as suas cores de olfacto.
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Carne de seiva, não te diria melhor, mulher-árvore, mulher-trepadeira em mim.
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A tua carne são os montes. O teu hálito, o vento. As tuas pernas a queda, mundo abaixo.
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Passe o tempo que passar ou faça o tempo que fizer, não deixo de ter tesão por ti.
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