digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 31, 2008

Enfim, angústia (4)

É fim de Julho sem saber o que fazer à vida nem o que esperar de Agosto. Não ter horizonte de vida e apenas uma projecção duma precoce velhice. Há temores pela doença, mas ainda a vontade de sono eterno, até ao dia último.
Ser um cristo ausente da cruz, distante do dom e de bondade ausente. É fim de Julho e o céu não diz nada. O ego projecta importância que se não tem. Solidão das tardes findas, do chá por tomar. Solidão das tardes limpas.
No fim do dia, a mesma tarde, todos os dias. Não no tempo, mas no tempo que se faz. Enfim, angústia.

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