digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

O vaso diferente

Um vaso de guerra carmesim com uma bandeira escarlate. Um comandante de farda escarlate e tripulação de azul-windsor.
As palavras ditas da ponte, suspensas na água, como argolas floridas e tiros de canhão. É como um domingo azul tranquilo, de mar chão e silêncio de nostalgia.
Tudo de todo. O domingo inteiro. O Sol baixo. O Sol alto. O dia todo. Azul mansinho, lavado pelo vento sereno e refrescado na humidade do mar.
Anjo da guarda. Anjo da guarda que me ouves quando digo. Que me ouves antes de te dizer. Que percebes quando me ponho no fio do horizonte, ainda mais além do vaso carmesim.
Sobre o vaso carmesim voo e voa o anjo da guarda. Como um sonho. Como um colar de flores e tiros de canhão. O silêncio das palavras. Um sono profundo frente ao céu e mar de azul mansinho.Voo sobre o vaso carmesim de tripulação azul-windsor. Um sono profundo e um abraço do anjo da guarda.

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