digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, janeiro 13, 2008

Continuo a escrever no diário





















Continuo a pensar nos rododendros, mas agora de forma menos obsessiva. Já esqueci a rima com coentros. Porém, a miúda dos ímanes - olhos de cor incerta - ainda está em mim. É um sonho acordado. Sonhei com revistas eróticas e com outras que não o sendo, eram.
A miúda tem o nome da outra, o que é uma chatice. Não me lembro se já aqui escrevi acerca de não falar à outra. Teve o seu tempo, agora não importa muito. Ou importa, porque a a miúda dos ímanes tem o seu nome.
Ainda não foi hoje que limpei a piscina. Já me disseram que não deve ficar despejada muito tempo. Um problema de pressão, dilatação dos materiais e outros assuntos que não sei nem quero saber. O tanque vai continuar a encher-se de água da chuva.
Há umas gerações teria sido importante por nascimento, agora tenho de me esforçar. A minha situação agrava-se por ter de fazer alguma coisa bem feita e de útil. Com tanto inútil no mundo, por que me pedem a mim para não ser?
O sonho e a miúda dos olhos de íman devem ser o rododendro. Não sei como esta palavra me apanhou. Ela sei, foi na rua e com o olhar-sorriso. O sonho aconteceu esta noite ou esta manhã. Parece-me que é tudo a mesma coisa.
É tarde e estou cansado. Não fiz nada de útil - o agradável que é! A piscina tem chuva e a miúda é um rododendro. Um sonho.

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