digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, agosto 28, 2007

O último Tokay

Tenho ainda na boca o sabor da maçã assada e do mel. O último Tokay estava complexo e eu meditabundo. Por mim passaram os últimos dias e a prisão do quarto escuro. Já quase não me lembro do quarto escuro, porém vejo a ferida por cicatrizar. Quantos dias demora o esquecimento? Tão pobremente estava o corpo como agora é límpido o contentamento. Estava complexo o último Tokay, prestou-se à contemplação da vida toda.

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