digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 30, 2007

Pelo trabalho

As palavras são de ferro e de pedra e com elas constroem-se edifícios de texto. Depois rasgam-se papéis e erguem-se vozes. Tudos se faz com letras, palavras, frases, períodos e parágrafos. Os meus dedos não param. Todos os dias e quase todas a horas estou ligado às palavras. Umas vezes gosto, mas noutras faço o sacrifício. As minhas mãos de menina têm outra sensibilidade para além das palavras. As minhas mãos tocam flores com palavras e com imagens. Pelas palavras, as minhas mãos amanham peixe, moldam ferro e partem pedra com palavras. Por que hoje haveria de ser diferente?


Nota: Hoje decorreu uma greve geral decretada pela CGTP. Ao que parece à vista desarmada e pela informação recolhida foi um enorme fracasso.

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