digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 30, 2007

Inexistência

Não sei se já é quarta-feira ou se ainda é quarta-feira. Vivo em desprendimento, numa espera sem esperar, sempre pousado, sempre pausado, inquieto por esperar, esperando tudo e sem esperar nada. Um dia à frente do outro e outro à frente do outro e outro à frente do outro numa absoluta soma de unidades desinteressantes. A unidade pouco mais é do que zero. Perdida está a esperança de ter a vida num só dia e muitas vidas para viver de seguida, como fossem cigarros para fumar. Talvez um dia seja quarta-feira e saiba o que fazer com ele.

2 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Andamos todos desanimados.Para mim ainda é quarta feira...

bjinhos

Miguel Godinho disse...

"As respigadoras"... Alguns paralelos na sociedade contemporânea...