digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 30, 2007

Um banho

Queria um banho que me lavasse por dentro e levasse o passado. Queria um banho que molhasse a cabeça e esfriasse o ânimo. Não dou por mim nem dou nada por mim. Desmaio por me ver sem roupa, reparo por me ver vestido e nem quero saber como estou. Esteja como estiver, dou tudo por um banho. Dou tudo por um banho que me lave e leve, porque não acredito no gesto das mãos nem no sentido da cabeça nem nas palavras da boca. Preciso dum banho que purifique. Um banho divino e sábio... em que eu me fique como um menino quedo nas mãos de sua mãe. Mas porque Deus não me vem lavar-me, tenho eu de banhar-me como todos os pecadores, tirando proveito e prazer da água. Não me esfria a cabeça nem o ânimo... e tanto preciso de ser levado e lavado!...

2 comentários:

Lia disse...

deu-me vontade de dar-te um banho. :)

Ana Fonseca disse...

eh lá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ía deixar um comentário, mas não me meto nestas intimidades! :)
Bom banho!