digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, março 30, 2007

Dar por perdido

É onde me perco onde mais gosto de estar. É lá que sou uma síntese de mim: Um traço duma só cor.
Na floresta não sei onde estou nem se o avesso é o certo nem se a direito sigo para a frente. Tal como nas dunas ou nas vagas sem mais referências. Tudo o que não pode ser mais nada pode ser mais tudo.
A ausência de linha do horizonte é uma graça com muita piada para quem muito se preocupa com a pontualidade, mas aprecia o lado caricato da vida. Não há pior falta de referência, além de não ver o Sol. Numa noite incerta, numa qualquer floresta, sem pista de pedras para guiar a saída. No ermo onde tudo pode ser qualquer coisa é-se qualquer um. Num instante, imperador ou faminto.

7 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Perdermo nos no tempo..que bom.

bjinhos

Anónimo disse...

Chega a ser aflitivo não encontrar aqui sequer um texto abaixo do nível "excelente".

João Barbosa disse...

...

moonlover disse...

Direi mais,

Porque é que o João Barbosa é tão bom e toca tanto!?
Pena que só se possa ler na net:(

um beijo

João Barbosa disse...

ah!... obrigado! A resposta é porque não há, pelo menos até agora, quem lhe edite o romance. E tudo o mais ele publica aqui...

moonlover disse...

;)
Vamos ter de tratar deste assunto...

Eu e a Gi esperamos, há muito, por poder ter em mãos o best seller ;)

Anónimo disse...

Verdade, verdadinha...Moonlover :)
Como podem andar as nossas editoras de olhos fechados?
Concordo também plenamente com a Incógnita, os teus textos são fabulosos, talvez por isso seja tão difícil escrever um comentário, que não seja tonto ou que não arruine a essência do texto. Como ás vezes eu faço...Ehehehe!!!