No tempo depois da partida ainda se avistam as paisagens de trás. Retratos arrastados.
Sentado nas escadinhas da carruagem um homem fuma cigarros de tabaco negro sem filtro. Finge ler versos e repara na paisagem arrastada pela memória. Pousa os olhos numa imagem de Saraswati que anda sempre consigo.
No tempo depois da partida só há passado e só se quer futuro. A paisagem pouco importa. O tempo é de ir. Às vezes a vida é ficar.
2 comentários:
Realmente os textos são isso mesmo.
Cheguei aqui por via do comboio que é um hobby que desenvolvo. Essa pintura é interessante e o texto anexo lembra-me algo já passado.
Parabens
obrigado. venha visitar mais vezes o vagão dos textos.
saudações
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