digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Euforial sexual


Tenho o sangue a ferver de dor e despeito. A minha loucura pede corredores frios revestidos de azulejos brancos e com janelas translúcidas. A vida bela não me diz nada.Tenho uma violência e um calor que me apertam o pescoço, que me fazem desejar. Quero amar, quero festejar, quero possuir, quero matar, quero tudo quanto seja rubro e tenha o odor do sangue.Estou louco e na vaga lucidez que me resta peço que me levem para longe de mim e do que me faz feliz. O céu não me importa, só o sexo, a pólvora e o mando. Estou eufórico comigo. Sou a festa dentro de mim. Preciso de tudo e de ser o centro. Não oiço já as vozes dentro da cabeça, só me oiço a mim e digo-me sempre a mesma loucura irada e tesuda. Precido que me descansem.

2 comentários:

João Barbosa disse...

Devido aos erros e contradanças do blogger, este post andou em bolandas, pelo que vi-me forçado a colocá-lo de novo. Os comentários foram, por isso, arrancados e colocádos sob o meu nome, embora respeitando a ordem e a indicação.

João Barbosa disse...

Tania Pereira said...

Boa escolha musical e o texto! Que lindo!
Kalashnikov....