Faço molhos de pequeninos amores. Os meus beijos são breves saudades e os gestos ténues carícias.
Não vivo só, em minha casa há sempre flores. Cada uma tem um nome, uma evocação.
Os dias são povoados por mil mulheres. Todas breves. Todas lindas. A cada uma, uma flor.
Os dias são de silêncio. Na minha cabeça, as vozes de todas as que amei. Até das que me desamaram e das que destratei. No escuro dos quartos e da minha alma não há memória das traições.
Os dias são de silêncio. Não há dias dias absolutamente felizes nem assumidamente tristes. Só nostalgia.
Os meus amores foram todos frágeis. Os meus amores foram todos pequeninos. E nem por isso foram belos. Faço molhos de pequeninos amores para que juntos pareçam que tive um grande amor.
1 comentário:
q belo ramo, hein?
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