digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Teima

Falta-me vermelho para amar. Os meus beijos bicam-me por não deixar que te cheguem. Não abro os braços para não te abraçar. Deixo fechados os olhos para não ver a escuridão à minha frente.
Cultivo a tua ausência, semeio a austeridade, rego a indiferença e ainda assim colho a tua sombra e oiço-te os passos. Esvoaças em redor da cabeça e faço-me desmaiar para ter sossego.
Esta vida tem um sentido absurdo. Não há vermelho na minha vida. Por que tem de insistir o amor em bater-me à porta?

2 comentários:

Folha de alface disse...

tão lindo e tão delicado

Anónimo disse...

Lindo e de um grande bom gosto mas ao contrário do que diz a alfacinha não acho que seja delicado. Acho que é directo...só pelo facto de amar o vermelho e do amor me bater (também) à minha porta, a próxima imagem do meu blog será para ti João, só para te dar vermelho...