No fim dos dias, o fim das mãos, as folhas das árvores, o calor e o frio. O princípio das coisas. O céu veloz.
O princípio do som. A palavra sem eco. As ervas rasteiras amassadas pelos dois corpos em amor, cansados e prontos.
No fim dos dias, a esperança por morrer e sem anúncio de ida. O beijo, o abraço, a cama, a memória, a cumplicidade e o tempo.
Indolência e nostalgia, miradouros do futuro. Vento imprevisível, em roda de direcções cardeais, como os corpos deitados. As mãos abraçadas, prolongamento da relação. O amor por vir na relação acabada. No fim dos dias, o princípio das coisas.
2 comentários:
inspirado (em bom)
O amor por vir... (suspiro). Dizes de forma brilhante aquilo que eu gostaria de saber dizer às vezes. Beijo azul.
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