digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Sedução

Um pé à frente do outro, um passo adiante, dois à esquerda, um atrás e outro à direira, rodopiar. Sentir a música e fitar, prender os lábios à distância, um beijo pronto a juntar. O peito junto às costas e depois frente a frente. Sedução.
Há a magia do vinho e espirais a subir pelo ar, escadas floridas de perfume impronunciável, indizível. As mãos não tremem, se tivessem consciência suariam de desnorte. Todo o corpo é satélite da vontade do outro corpo.
Olhos e boca um só desejo. Um só calor. A dança. A dança de sempre. A música deixa de ouvir-se e há coreografia improvisada e certa, marcada pelo querer de dois, vincada pela natureza.
Muitos passos dados e voltas, sorrisos e olhares. Volteios e calores de sempre, palpitações de vida e momentos de quase acção, indecisão, decisão implícita. Beijo.

Nota: Há muito para ouvir e dançar aqui mesmo ao lado.

1 comentário:

Folha de alface disse...

q bela dança ;)