digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, novembro 05, 2006

Prantos

Vieram os prantos e tremo que me cheguem. Que me cheguem à casa, ao sono e ao âmago. Não durmo quando chove, não durmo com medo da água.
Vieram os pratos e tremo, se bem que me alegre ver as ruas como rios e lamente não serem perpétuos para os atravessar de barco.
Tenho medo e enervo-me por ver gente aflita com a água transbordante. Só queria rios nas ruas e barcos em vez de eléctricos e automóveis. Gostava de mergulhar da varanda.
Chegou o tempo do Vinho do Porto e está ainda para vir o da lareira. Chove e embaciam-se as vidraças, sinal de que é quase Natal.
Que posso pedrir este ano pelo Natal? Já tenho tudo e nada mais, com sinceridade, posso exigir... Gostava de ruas de águas e rios fixos nas margens para não haver gente com lágrimas por causa das águas.

2 comentários:

Folha de alface disse...

"prantos"?! eu pensava que eras mais "pratos"...lol

Folha de alface disse...

"prantos"?! eu pensava que eras mais "pratos"...lol