digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, novembro 24, 2006

O que quero ter

Se pudesse tinha muitas obras de Pedro Proença. Não tenho espaço na casa.
Há amores imperfeitos que me vêm à memória quando tenho diante dos olhos uma obra deste artista. E já vi muitas e tenho muitos amores imperfeitos.
A minha casa é grande e nela cabem muitos quadros, mas infelizmente ainda não tenho parede para um do Pedro Proença. Talvez venha a ter um quando fôr grande e continuar a querer ser pequenino.
Já sou grande e divirto-me com as artes deste artista, viajo com ele e penso muito. Tem excesso quanto baste no traço e ponderação na cor.
Porque não tenho paredes onde pendurar um quadro do Pedro Proença, comprei um livro. Já me fazia falta à alma, à cabeça e ao gozo. Um dia hei-de ter uma parede livre e descomplicar-me para ter.

2 comentários:

Anónimo disse...

eu também gosto do Proença ;-)

Anónimo disse...

Não conhecia. Aguçaste-me a curiosidade e pelo pouco que vi no Google, gostei logo. Especialmente da ilustração para 'Dou bolachas de gato aos meus filhos'. Belíssimo! Beijo grande.