digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Vertigem

Sonhei que dançava. Podia ser na praia. Não havia preocupações. Não havia olhos a reparar. Podia ser no caminho para a praia ou nas escadas do prédio. O mundo anda diferente desde há uns dias. Ninguém repara. Por isso, posso dançar e fazer o sonho. Ninguém sabe onde estou. Ninguém sabe o que faço. Ninguém sabe do outro. Sonhei que dançava. Talvez estivesses lá tu e talvez houvesse uma paixão recente entre nós. Houve uma vertigem. Mergulhei. Mergulhei em mim e na vida. Sonhei que dançava e morri dançando numa vertigem descendente. Acordei. Pode ser verdade. Ninguém repara que o mundo anda diferente.

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