digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Namoro

Não me canso de namorar nem do odor da pele. Corrijo: Não me canso de te namorar e a tua pele embriaga-me. O tempo consome-se junto de ti numa velocidade impossível de descrever, pois antes que termine de escrever ou de dizer já passou o momento em que algo aconteceu junto de ti, nada se define rapidamente contigo e, contudo, é tudo tão simples e fluído.
Não sei se é fluída a relação que tenho contigo ou se é densa. Não sei se somos parecidos e, por isso, estamos bem, ou se somos tão diferentes e nisso reside a a razão da harmonia.
O beijo vive da contradição e da concórdia e as mãos dão-se por vontade própria e os corpos precipitam-se porque nada mais podem fazer. O teu cheiro e texturas, os olhares e melodias e a presença são tudo quanto preciso para viver. Não sei se poderia viver sem ti. Sei que viveria, mas com que sentido? E tu sem mim? Não me canso e tenho em ti um espelho na vontade, modos e gestos.

2 comentários:

Folha de alface disse...

lindo (como sempre)
posso citar?
beijinhos cheios de sol :)

Anónimo disse...

Sinto-me orgulhosa não só por te conhecer pessoalmente como também pelo facto de sermos amigos. Gosto de ti e do que escreves! Muito, muito! :)