digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, setembro 26, 2006

Noite

Hoje é tão noite. Mas ainda mal fecho os olhos. Tropeço nas horas e no percurso, sigo por onde me ilumina o luar. Afasto-me das sombras, temo-as. Não sei se está frio, se estou frio ou se tenho medo. Desconheço os ruídos, estranho os modos, desconfio de mim. Desconfio das costas. Hoje é tão noite e há luar. Há ainda luar... fosse Lua nova e tudo seria uma quietude, um manto de choro abafado, uma festa por acontecer, um sono prometido. Hoje é tão noite e há o temor do pesadelo e o desejo de que tudo seja sonho. Ainda vou fazer toda a estrada e conhecer o caminho, verei o Sol nascer. Então podereia dormir e descansar.

4 comentários:

perdida em Faro disse...

Tinha saudades de te ler neste registo mais intimista. Gostei muito e apesar da lua estar em quarto crescente, ela é também noite, em nós.

Anónimo disse...

me perdi

Anónimo disse...

Acho que eu vou trocar de cérebro que no momento nada faz o menor sentido...os fatos estão todos distorcidos dentro da minha cabeça. Estava pensando quer trocar de cérebro comigo?

Folha de alface disse...

e eu q sempre o vi como um noctívago...