digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Menti-te

Arranquei-te um beijo ao fumo do coração e deste-te nua, porque não sabes fazer doutra forma quando te dás.
Ainda te vi presa ao que eras e onde querias estar e disse-te ser o amor da tua vida. Não sei se acreditaste ou se fingiste, mas saiste do marasmo inútil em que sonambulavas.
Menti-te! Não és, não foste e nunca serás o amor da minha vida. Houve outra. Haverá outra. Haverá sempre outra. E muitas mais mulheres para descolar da parede e arrancar beijos com sabor a fumo ou a coração.

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem João.
Parabéns.
Sabe bem vir aqui "arejar".
Um abraço.

Folha de alface disse...

ó pá afinal és um mentiroso!lol
já dizia alguém q "o poeta é um fingidor, finge tão profundamente q até finge ser dor, a dor q deveras sente"!

gostei ;)

Anónimo disse...

Muitos vivem na mentira

Anónimo disse...

Gosto da imagem de descolar pessoas da parede, dos beijos com sabor, das mentiras e das verdades. De tudo quanto vibre e tenha cheiro. E de ti também. Muito!